Você já ouviu falar em psoríase capilar? Trata-se de uma condição dermatológica que afeta o couro cabeludo, podendo causar bastante desconforto e até a queda dos fios.
Embora seja mais conhecida por se manifestar ao longo do corpo, pode surgir também na cabeça, onde costuma ser um pouco mais difícil de tratar por conta dos cabelos.
Muitas vezes confundida com caspa ou outras condições de pele, a condição merece uma atenção especial para garantir um diagnóstico correto, assim como um tratamento adequado.
Na publicação de hoje vamos abordar os principais aspectos da psoríase capilar, suas causas, primeiros sinais, melhores opções de tratamento, quando procurar um médico e mais. Acompanhe!
O que é psoríase?
A psoríase é uma doença autoimune crônica que acelera o ciclo de vida das células da pele, fazendo com que elas se acumulem rapidamente na superfície. Assim, formam-se áreas onde a pele fica mais espessa, avermelhada e coberta por escamas esbranquiçadas ou prateadas.
Estima-se que cerca de 190 milhões de pessoas no mundo apresentem a condição, que pode variar de leve a grave, afetando pequenas áreas ou cobrindo grandes partes do corpo.
Vale destacar que a doença não é contagiosa, no entanto, pode causar um desconforto significativo, incluindo coceira intensa, dor e, quando ocorre no couro cabeludo, queda de cabelo.
O que provoca a psoríase no couro cabeludo?
A psoríase no couro cabeludo é desencadeada pelo mau funcionamento do sistema imunológico, que faz com que as células da pele sejam produzidas em excesso.
O que ocorre é: em vez de serem substituídas ao longo de semanas, como funciona normalmente, as células da pele de pessoas com psoríase são renovadas em uma questão de dias. Assim, esse processo acelerado leva à formação das placas espessas características da condição.
Fatores genéticos são fundamentais no desenvolvimento da psoríase. Isso significa que pessoas com histórico familiar têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Além disso, certos fatores externos podem agravar ou desencadear o aparecimento da psoríase no couro cabeludo, como:
- Estresse;
- Infecções;
- Lesões na pele (condição conhecida como fenômeno de Koebner);
- Mudanças climáticas;
- Uso de certos tipos de medicamentos;
- Consumo de álcool.
É importante destacar que, embora esses fatores possam agravar a psoríase, não são a causa principal da doença. A combinação entre predisposição genética e fatores ambientais é o que geralmente leva ao aparecimento das lesões no couro cabeludo.
Quando começa aparecer os primeiros sinais?
Os primeiros sinais de psoríase capilar podem surgir em qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem na adolescência ou em adultos jovens.
Entre os sintomas iniciais estão: aparecimento de pequenas áreas de vermelhidão no couro cabeludo e coceira intensa. Com o tempo, essas áreas podem crescer e formar placas espessas cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas.
Em alguns casos, a psoríase no couro cabeludo pode ser confundida com caspa, especialmente quando as escamas são finas e esbranquiçadas. No entanto, diferentemente da caspa, a psoríase tende a causar vermelhidão e inflamação na pele, além de dor e sensibilidade no couro cabeludo.
Conforme a condição progride, as placas de psoríase podem se tornar mais espessas e cobrir grandes áreas do couro cabeludo. Nos casos mais graves, as lesões podem se estender além do couro cabeludo, afetando áreas como a testa, nuca e a pele ao redor das orelhas.
Psoríase capilar tem cura?
A psoríase não tem cura definitiva. Afinal, por se tratar de uma condição crônica e autoimune, tende a ser uma doença recorrente, com períodos de agravamento (crises) e remissão, onde os sintomas podem diminuir ou desaparecer.
Apesar de não haver cura, existem tratamentos eficazes que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Com o acompanhamento de um profissional especializado, é possível encontrar um plano de tratamento que a mantenha sob controle, minimizando os desconfortos e prevenindo o agravamento da condição.
A chave para o manejo da psoríase está em identificar os fatores que podem desencadear as crises, aderir ao tratamento recomendado e fazer ajustes conforme necessário para cada situação.
Qual o melhor tratamento para psoríase na cabeça?
O tratamento da psoríase capilar varia conforme a gravidade da condição e a resposta do paciente ao tratamento. Confira as principais abordagens.
Casos leves: o uso de shampoos medicinais pode ser suficiente para controlar os sintomas. Eles ajudam a suavizar e remover as escamas, além de reduzir a inflamação.
Casos moderados: podem ser prescritos tratamentos tópicos, como corticosteróides ou análogos da vitamina D. Eles ajudam a reduzir a inflamação e a desacelerar a produção de células da pele.
Casos graves: podem ser usados tanto os shampoos quanto os medicamentos tópicos, combinados com a fototerapia. Esse tratamento envolve a exposição do couro cabeludo à luz ultravioleta (UV), ajudando a retardar o crescimento excessivo de células da pele.
Em situações onde os tratamentos tópicos e a fototerapia não obtêm o resultado esperado, pode ser necessário recorrer a medicamentos sistêmicos, ou seja, que atuam em todo o corpo, para controlar a resposta imunológica.
Quando procurar um profissional especializado?
Embora a psoríase capilar possa ser gerenciada com as opções de tratamentos disponíveis, pode gerar diversos transtornos se não for tratada adequadamente. Por isso, aos primeiros sinais, é fundamental procurar um médico especializado.
Assim, o médico realizará os exames para definir o diagnóstico e recomendar a melhor abordagem. Além disso, o acompanhamento regular é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e monitorar possíveis efeitos colaterais.
Em casos onde a psoríase capilar leva à queda de cabelo, o profissional especializado poderá orientar sobre tratamentos focados na saúde capilar. Para situações nas quais a queda é definitiva, o transplante capilar se mostra uma solução bastante efetiva, capaz de restaurar o crescimento dos fios e a autoestima.
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Conclusão
A psoríase capilar é uma condição capaz de causar desconforto e impactar a autoestima. No entanto, é possível controlá-la com o tratamento adequado.
Reconhecer os primeiros sinais e buscar orientação médica são passos fundamentais para um manejo eficaz da doença. Assim, é possível manter a doença sob controle e minimizar seus efeitos no dia a dia.