Você sabia que cicatrizes no couro cabeludo podem resultar na perda de cabelos? Trata-se da alopecia cicatricial, uma questão que pode surgir como resultado de diferentes traumas na região, impedindo o crescimento de novos fios.
Mas quais os tipos de traumas capazes de deixar cicatrizes no couro cabeludo? Será que essa forma de alopecia pode ser revertida através de tratamentos clínicos?
Na publicação de hoje vamos trazer respostas para essas perguntas, explicar o que é a alopecia cicatricial, suas causas, sintomas, diagnóstico, opções de tratamento e mais. Acompanhe!
O que é alopecia cicatricial?
A alopecia cicatricial é o estágio final pelo qual a pele do couro cabeludo passa após sofrer alguma agressão, que pode ter diferentes causas.
Para entender a alopecia cicatricial é importante conhecer melhor a pele do couro cabeludo. Diferentemente de outras partes do corpo, que possuem pelos em menor quantidade, a região possui uma grande quantidade de folículos, responsáveis pela densidade dos cabelos.
Quando uma lesão nessa área da cabeça acontece, a pele normal é substituída por um tecido cicatricial. Isso significa que os folículos deixam de existir na região, impedindo o nascimento de novos fios e causando a calvície.
Quais as causas da alopecia cicatricial?
Existem várias possíveis causas para a alopecia cicatricial, veja quais são as principais:
- Queimaduras;
- Doenças inflamatórias, como lúpus, líquen plano pilar, diabetes etc;
- Infecções bacterianas ou fúngicas;
- Micoses;
- Tumores;
- Exposição à radiação;
- Contato com certos tipos de produtos químicos;
- Doenças dermatológicas.
Sintomas e diagnóstico da alopecia cicatricial
Assim como ocorre com outros tipos de calvície, conhecer os sintomas da alopecia cicatricial é fundamental para identificá-los rapidamente. Além disso, são os sinais analisados pelos médicos para chegar ao diagnóstico.
Perda de cabelo gradual ou rápida
Dependendo da causa, a perda de cabelo pode ser gradual ou rápida. As áreas afetadas podem começar pequenas e aumentar de tamanho ao longo do tempo, ou aparecerem rapidamente após um evento traumático.
Presença de cicatrizes
As áreas afetadas podem desenvolver cicatrizes visíveis no couro cabeludo. Elas costumam ser lisas, brilhantes e sem folículos pilosos visíveis.
Vermelhidão e inflamação
O couro cabeludo pode apresentar vermelhidão e sinais de inflamação. Em algumas condições, essa inflamação é visível, enquanto em outras pode ser sentida apenas como uma sensação de calor ou dor na área afetada.
Descamação
A alopecia cicatricial pode ser acompanhada de descamação da pele no couro cabeludo, com escamas finas ou espessas e frequentemente associadas a coceira.
Bolhas e pústulas
Em alguns casos, podem surgir bolhas ou pústulas (pequenas bolhas cheias de pus) no couro cabeludo. Elas geralmente são sinais de uma infecção secundária ou de uma inflamação intensa.
Alterações na textura da pele
A textura da pele no couro cabeludo pode mudar, tornando-se mais espessa ou até endurecida. Em algumas condições, pode haver áreas de pele mais fina e brilhante.
Dor e sensibilidade
Muitas pessoas com alopecia cicatricial relatam dor ou sensibilidade na área afetada. Essa dor pode variar de leve a intensa, ficando ainda mais forte com toque ou pressão.
Coceira intensa
A coceira persistente e intensa é um sintoma comum. Ela pode ser desconfortável e levar ao aumento da inflamação se a área for friccionada excessivamente.
Alterações na cor da pele
A pele do couro cabeludo pode mudar de cor nas áreas afetadas, tornando-se mais escura (hiperpigmentação) ou mais clara (hipopigmentação).
Como é feito o diagnóstico?
Por estar associada a diferentes causas, o diagnóstico da alopecia cicatricial costuma ser feito pelo médico observando alguns critérios, como:
- Histórico médico completo do paciente;
- Exame físico no couro cabeludo;
- Dermatoscopia (observação do couro cabeludo através de lentes de aumento);
- Exames laboratoriais para medição dos níveis hormonais, identificação de marcadores de inflamação e outras questões;
- Biópsia (em casos específicos).
Opções de tratamento para alopecia cicatricial
Existem algumas opções de tratamento para a alopecia cicatricial, indicados conforme o quadro do paciente e suas necessidades. Veja quais são eles.
Medicamentos
Os medicamentos costumam ser o primeiro passo para tratar a queda de cabelo de maneira geral, incluindo a alopecia cicatricial. Eles podem ser de uso oral ou tópico, sendo receitados de acordo com as necessidades de cada paciente.
Se não houver resposta através do tratamento medicamentoso, são realizadas as demais intervenções.
Injeção nas lesões
Existem casos em que o médico indica a aplicação de medicamentos diretamente no couro cabeludo, sobre as lesões. O corticóide costuma ser a principal escolha nesse contexto, usado para combater a inflamação e conter o avanço da queda capilar.
Fototerapia
Mais uma opção de tratamento para a alopecia cicatricial é o uso de luzes ultravioletas e lasers.
A exposição controlada à luz, especialmente a ultravioleta, pode ajudar a reduzir a inflamação do couro cabeludo. Já o uso de lasers de baixa intensidade pode estimular o crescimento do cabelo e reduzir a inflamação nas áreas afetadas.
Transplante capilar
Quando a alopecia cicatricial não pode ser revertida através de tratamentos clínicos, é indicado realizar o transplante capilar. Apesar de ser um procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e tem altas taxas de sucesso.
Quando considerar o transplante capilar?
O transplante capilar deve ser considerado para tratar a alopecia cicatricial quando não se obteve sucesso através das abordagens clínicas.
Além de resgatar o crescimento dos fios nas áreas calvas, o procedimento recupera a densidade de regiões do couro cabeludo onde os fios estão ralos.
Assim, em alguns meses o paciente tem sua densidade capilar restabelecida, assim como sua autoestima e autoconfiança.
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Conclusão
Compreender a alopecia cicatricial é fundamental para identificar e tratar essa condição rapidamente, buscando um médico especializado.As opções de tratamento variam conforme a gravidade e a causa da condição, englobando medicamentos, injeções, fototerapia e, em casos de calvície permanente e perda da densidade dos fios, o transplante capilar.