A queda capilar pode ter vários fatores, um deles está ligado à genética, principal responsável pela alopecia androgenética. Há quem diga que o gene da calvície é herdado da mãe. Mas será que isso é verdade?
Na publicação de hoje vamos explorar a calvície a fundo, abordando assuntos como as alterações genéticas que levam à perda de cabelos, se vem do pai ou da mãe, o que fazer após o diagnóstico, qual profissional procurar e mais! Vamos começar?
O gene da calvície
O gene da calvície está relacionado à sensibilidade dos folículos capilares ao hormônio dihidrotestosterona (DHT). Esse hormônio é derivado da testosterona e, quando se liga aos receptores dos folículos capilares, pode enfraquecê-los, levando à redução da produção de cabelo.
Isso ocorre porque o DHT diminui o tamanho dos folículos, fazendo com que os fios de cabelo se tornem mais finos e, em algum momento, parem de crescer.
Os genes que influenciam a calvície são hereditários e, em grande parte, passados de geração em geração. É importante notar que a calvície não é causada por um único gene, mas por uma combinação de vários deles que interagem entre si.
Devido à complexidade dessas interações genéticas é difícil prever com precisão quem será afetado e em que grau.
Alterações no gene ligado à calvície
Nas últimas décadas, foram identificadas associações de algumas alterações genéticas com a calvície. Um dos genes mais estudados é o do receptor de andrógeno (AR), localizado no cromossomo X. Como os homens herdam o cromossomo X de suas mães, a predisposição genética à calvície pode ser transmitida pela linha materna.
No entanto, diversos estudos identificaram outros genes localizados em diferentes cromossomos que também contribuem para a calvície. Essas descobertas indicam que se trata de uma condição poligênica, ou seja, múltiplos genes estão envolvidos em seu desenvolvimento.
Alterações nesses genes podem aumentar a produção de DHT ou tornar os folículos capilares mais sensíveis a esse hormônio, acelerando o processo de perda de cabelo.
Calvície genética – Vem do pai ou da mãe?
Uma dúvida comum entre aqueles que enfrentam a calvície é se a condição é herdada do pai ou da mãe. Já adiantamos que a resposta não é simples, pois ela pode ser herdada de ambos os lados da família.
Embora o gene AR, que está ligado ao cromossomo X, seja herdado da mãe, outros genes envolvidos na calvície podem ser transmitidos também pelo pai.
Portanto, se o pai ou a mãe tiverem histórico de calvície na família, as chances dos filhos desenvolverem aumentam. No entanto, como a condição é influenciada por vários genes, ter o pai ou a mãe com histórico de calvície não garante que a pessoa será afetada da mesma forma.
A interação entre esses genes, além de fatores ambientais, também desempenha um papel importante no desenvolvimento da calvície.
O que fazer após diagnóstico do gene da calvície no corpo?
Atualmente, existem testes capazes de identificar se uma pessoa possui o gene da calvície. Aqueles que passam por essa testagem e obtêm como resposta que irão apresentar queda capilar, podem adotar algumas medidas.
Primeiramente, é crucial adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e a redução do estresse. Esses fatores podem ajudar a manter os folículos capilares saudáveis e reduzir o impacto dos hormônios que contribuem para a calvície.
Além disso, é importante monitorar de perto a saúde capilar e procurar orientação médica ao primeiro sinal de queda de cabelo. A detecção precoce pode ser fundamental para iniciar um tratamento eficaz e minimizar a progressão da calvície.
Qualquer profissional da saúde pode ajudar?
Embora diversos profissionais da saúde possam fornecer orientações gerais sobre a calvície, é recomendado buscar ajuda de médicos especialistas em saúde capilar. Esses profissionais possuem o conhecimento necessário para diagnosticar com precisão a causa da calvície e recomendar os tratamentos mais adequados.
Eles podem realizar exames específicos para determinar o grau de sensibilidade dos folículos capilares ao DHT e avaliar a situação geral do couro cabeludo. Além disso, podem prescrever medicamentos ou indicar tratamentos para tratar a condição de maneira eficaz.
Opções de tratamentos
Existem algumas opções de tratamento disponíveis para aqueles que desejam encontrar uma solução para a calvície. Confira uma lista com as principais abordagens da atualidade.
Medicamentos tópicos
Existem produtos com propriedade vasodilatadora aplicados diretamente no couro cabeludo. Isso significa que essas substâncias atuam melhorando o fluxo sanguíneo na região, assim, podem prolongar a vida dos fios, retardando a queda natural que faz parte do seu ciclo de crescimento.
Medicamentos orais
Mais uma opção de tratamento para a calvície envolve o uso de medicamentos orais, geralmente voltados para inibir a ação dos hormônios causadores da calvície.
Lembrando que medicamentos apenas devem ser usados com prescrição médica. Esse cuidado garante a segurança do tratamento, assim como o uso da dosagem correta para cada necessidade.
Mesoterapia
A mesoterapia capilar é um tratamento minimamente invasivo que envolve a aplicação de microinjeções no couro cabeludo, contendo uma combinação de medicamentos, vitaminas e minerais.
Seu objetivo é nutrir e estimular os folículos capilares, melhorando a circulação sanguínea na região e promovendo o crescimento de novos fios.
É uma opção eficaz para quem busca retardar a queda de cabelo e fortalecer os fios, especialmente nos estágios iniciais da calvície. Inclusive, pode ser usada como complemento ao transplante capilar.
Transplante capilar
Para casos de calvície definitiva, o transplante capilar é a solução mais efetiva. Trata-se de um procedimento cirúrgico que envolve a transferência de folículos capilares saudáveis de uma área doadora do couro cabeludo do próprio paciente para as regiões afetadas.
Em alguns meses, os fios começam a crescer, proporcionando um resultado natural e definitivo. Apesar de se tratar de um ato cirúrgico, é minimamente invasivo e possui uma rápida recuperação.
Conclusão
Embora a predisposição genética desempenhe um papel significativo para o desenvolvimento da calvície, é importante lembrar que a condição pode ser gerenciada com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida.
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