As feridas no couro cabeludo são alterações que não devem ser ignoradas, pois podem ter relação com outras questões, incluindo doenças autoimunes, reações alérgicas, processos inflamatórios etc.
Além disso, se as áreas afetadas não forem tratadas adequadamente, o crescimento capilar pode ficar prejudicado. Por isso, é fundamental ter atenção ao surgimento de feridas na cabeça para realizar as medidas necessárias antes que o problema se agrave.
Vamos entender melhor sobre as feridas no couro cabeludo? Continue a leitura para entender o que pode causá-las, tipos, quando devem ser motivo de preocupação, como tratar e evitar.
Causas e tipos de feridas no couro cabeludo
Os tipos de feridas no couro cabeludo estão totalmente relacionados com as causas. Entre os mais comuns estão:
Alopecia areata
Uma condição autoimune na qual, equivocadamente, o sistema imunológico ataca os folículos capilares, fazendo os fios caírem. Isso resulta em áreas calvas que podem apresentar vermelhidão, coceira ou até feridas nos casos mais graves.
Dermatite seborreica
Na dermatite seborreica, as glândulas sebáceas inflamam. Como resultado, surgem escamas amareladas e coceira intensa, que podem resultar em feridas no couro cabeludo.
Foliculite
A foliculite ocorre quando bactérias, fungos ou até mesmo o atrito constante resulta na inflamação dos folículos capilares. Assim, pequenas pústulas ou feridas podem se formar, especialmente se não for realizado o tratamento adequado.
Lúpus
Assim como a alopecia areata, o lúpus é uma doença autoimune. No entanto, em vez de atacar os folículos capilares, o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis da pele.
Quando se manifesta no couro cabeludo, provoca lesões avermelhadas e doloridas. Dependendo do estágio, as feridas podem deixar cicatrizes permanentes e prejudicar o crescimento dos fios.
Piolhos
Os piolhos são pequenos parasitas que se alimentam de sangue e infestam o couro cabeludo, causando coceira intensa. O ato de coçar pode gerar feridas, e essas lesões aumentam o risco de infecções secundárias no couro cabeludo.
Psoríase do couro cabeludo
A psoríase é uma condição crônica que causa a formação de placas espessas de pele morta. Elas podem se transformar em feridas devido ao ressecamento e ao atrito causado pela coceira.
Reações alérgicas
Certos tipos de produtos químicos usados nos cabelos, como tinturas, alisantes e xampus, podem desencadear reações alérgicas. Como consequência, essas reações podem provocar inflamação, bolhas e feridas no couro cabeludo.
Tinea capitis ou micose do couro cabeludo
A Tinea capitis, também conhecida como micose do couro cabeludo, é uma infecção fúngica que provoca lesões escamosas na pele. Assim, ocorre também a queda de cabelo nessas áreas e, em alguns casos, formação de feridas e crostas.
Câncer de pele
É fundamental ter atenção especial com lesões que não cicatrizam, apresentam sangramento ou mudanças em sua coloração. Afinal, esses podem ser sinais de câncer de pele no couro cabeludo.
Nesses casos, a avaliação médica é fundamental para o diagnóstico precoce e a realização do tratamento adequado para evitar o agravamento.
Quando se preocupar com feridas no couro cabeludo?
De maneira geral, feridas no couro cabeludo que surgiram espontaneamente, sem um agente externo facilmente identificado, devem ser sempre motivos para alerta.
Existem muitos casos em que são algo simples e não representam risco, entretanto, é importante observar ao longo de alguns dias. Se não melhorar ou até começar a agravar, é necessário procurar um médico.
Alguns aspectos que devem ser observados incluem a presença de:
- Vermelhidão crescente ao redor do ferimento;
- Inchaço;
- Dor intensa;
- Pus;
- Febre.
Como tratar feridas no couro cabeludo?
Ao identificar uma ferida no couro cabeludo, existem alguns cuidados primários que podem ser tomados. Confira!
Higienize e desinfete o local
Em primeiro lugar, é necessário higienizar e desinfetar o local. Isso pode ser feito usando água morna, sabão neutro e um antisséptico. Esse cuidado ajudará a evitar infecções.
Proteja e evite contato
Dependendo do tipo de atividade que for realizar, proteja a ferida com um curativo estéril e respirável. Evite usar bonés, chapéus e outros acessórios diretamente sobre a ferida sem proteção.
Evite coçar
Embora grande parte das lesões no couro cabeludo venham acompanhadas da sensação de coceira, evite coçar. Afinal, as unhas são fontes de bactérias e, ao arranhar a região afetada, podem piorar a inflamação, causar infecções secundárias e atrasar a cicatrização.
Tenha cuidado ao usar produtos capilares
Enquanto a ferida no couro cabeludo não estiver cicatrizada, tome bastante cuidado com os produtos capilares que irá usar. Evite usar substâncias agressivas, que possam agravar o machucado.
Xampus e condicionadores neutros, como as linhas feitas para bebês, podem ajudar nessa fase.
Procure um médico
Todos os cuidados citados anteriormente, são medidas primárias para evitar o agravamento das feridas no couro cabeludo. Em casos leves, elas podem ser suficientes para resolver o problema.
Entretanto, para casos de maior gravidade, é fundamental procurar orientação médica. Assim, além de obter um tratamento seguro e efetivo, você saberá se existe outra condição associada, podendo tratá-la precocemente.
Como evitar feridas no couro cabeludo?
Apesar de não ser possível evitar todo tipo de ferida no couro cabeludo, a maior parte delas pode ser prevenida. Confira, a seguir, uma sequência de ações com potencial preventivo e adote-as em sua rotina de cuidados capilares.
Mantenha a higiene adequada: lave o couro cabeludo regularmente, usando xampus próprios para seu tipo de fio e pele (oleoso, seco ou misto). Isso ajuda a remover o excesso de oleosidade e resíduos que podem causar inflamações.
Evite o uso excessivo de produtos químicos: tinturas, alisantes e outros produtos capilares podem causar irritações e reações alérgicas. Portanto, utilize-os com moderação e sob orientação de um profissional da sua confiança.
Não compartilhe objetos pessoais: evite compartilhar itens como pentes, escovas ou chapéus. Isso pode transmitir infecções fúngicas, bacterianas ou parasitárias, como é o caso da tinea capitis e do piolho.
Proteja o couro cabeludo do sol: a exposição solar em excesso pode causar queimaduras e lesões. Usar chapéus ou protetores solares específicos para o couro cabeludo é uma ótima forma de prevenção.
Evite coçar a cabeça: o ato de coçar o couro cabeludo pode agravar pequenas irritações e transformá-las em feridas.
As feridas no couro cabeludo não devem ser negligenciadas, pois podem ser sinal de diversas condições capazes de gerar impactos para a saúde. Além disso, podem comprometer o crescimento capilar e resultar em calvície permanente.
Se você já sofre com a calvície, saiba que existe uma solução efetiva e segura para o problema: o transplante capilar.
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