Os hormônios desempenham um papel importante no crescimento capilar. Por isso, quando estão desregulados, podem comprometer a saúde dos fios e folículos, resultando nas chamadas causas hormonais da queda de cabelo.
Na publicação de hoje vamos desvendar a relação entre os hormônios e a calvície, abordando os tipos de alteração que fazem o cabelo cair, opções de tratamento, quando o transplante capilar é indicado e mais!
Quais são as causas hormonais da queda de cabelo?
A queda de cabelo relacionada a alterações hormonais é bastante comum, podendo acontecer em diferentes fases da vida. Distúrbios relacionados aos hormônios sexuais, da tireoide e do estresse estão entre as principais causas. Saiba mais a seguir!
Anticoncepcionais
Anticoncepcionais são desenvolvidos a base de hormônios que podem interferir no crescimento capilar. Especialmente em mulheres com maior sensibilidade hormonal, podem causar a queda de fios no início do uso ou após a interrupção.
Distúrbios da tireoide
Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem afetar o ciclo de crescimento capilar, causando o afinamento e a queda dos fios. Esses distúrbios influenciam a produção de hormônios essenciais para o metabolismo do folículo piloso, reduzindo sua atividade normal de crescimento.
Estresse crônico
O estresse resulta na liberação do cortisol, hormônio ligado à regulação do humor e, também, aos cabelos. Quando uma pessoa se sente estressada com frequência, a saúde capilar pode ser impactada, levando à queda e perda de volume.
Hiperplasia adrenal congênita
Trata-se de uma condição que afeta a produção de hormônios pelas glândulas adrenais, resultando em níveis elevados de andrógenos. O excesso desses hormônios pode causar afinamento capilar progressivo, especialmente na região frontal e no topo da cabeça.
Menopausa
Durante a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem no corpo da mulher. Enquanto isso, os hormônios andrógenos podem se elevar. Assim, essa mudança na proporção hormonal contribui para a queda de cabelo, principalmente no topo da cabeça.
Pós-parto
Durante a gestação, as mulheres experimentam uma série de alterações hormonais. Após o parto, ocorre uma queda repentina de hormônios, especialmente o estrogênio. Como consequência, ocorre uma queda de cabelo passageira, que tende a cessar com o passar dos meses.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
A SOP é uma condição que provoca o aumento de hormônios androgênicos nas mulheres, como a testosterona, podendo levar à queda de cabelo no padrão masculino, com perda de volume na linha frontal e topo da cabeça.
Testosterona e a di-hidrotestosterona
A testosterona desempenha um papel importante no organismo. No entanto, quando é convertida em di-hidrotestosterona (DHT) por meio da enzima 5-alfa-redutase, pode prejudicar o crescimento capilar.
Isso porque o DHT encurta a fase de crescimento dos fios, promovendo seu afinamento gradual, até parar definitivamente de produzir cabelo. Esse processo está associado à alopecia androgenética, também chamada de calvície padrão masculino.
O que a testosterona tem a ver com a calvície?
A testosterona possui forte relação com a calvície devido ao seu papel na conversão para DHT. Por isso, a condição é mais comum entre homens, já que eles possuem maiores níveis de testosterona e, consequentemente, uma maior produção de DHT.
No entanto, a predisposição genética é o principal fator para o desenvolvimento da calvície. Assim, pessoas com casos de calvície na família têm mais chances de desenvolvê-la.
Como parar a queda de cabelo hormonal?
Quando a queda de cabelo está acontecendo por conta de fatores hormonais, é necessário identificar essa causa e adotar estratégias para controlá-la.
Para isso, é indispensável procurar ajuda médica, pois somente um profissional devidamente capacitado poderá investigar corretamente o caso e definir o tratamento adequado.
Entre as abordagens que costumam ser adotadas, estão:
Ajuste dos desequilíbrios hormonais: isso pode ser feito através do uso de medicamentos, reposição hormonal ou ajustes na dose de tratamentos existentes.
Uso de inibidores de DHT: para casos ligados a esse hormônio, certos tipos de medicamentos podem ser usados para bloquear a ação da enzima responsável por aumentar os níveis de DHT no couro cabeludo.
Mudanças no estilo de vida: para a queda de cabelo ligada ao estresse, realizar mudanças no estilo de vida é fundamental. Isso inclui a adoção de uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas regularmente.
Suplementação nutricional: suplementar vitaminas e minerais específicos, como biotina, ferro e zinco, pode contribuir para a saúde capilar. Procure sempre orientação médica para investir em soluções que realmente façam sentido para o seu caso.
Como é feito o tratamento da calvície hormonal?
O tratamento da calvície hormonal é feito conforme o tipo de hormônio que está causando a queda dos fios. De maneira geral, são usados medicamentos para regular o que é necessário, contribuindo para a recuperação do crescimento normal de cabelo.
Ao analisar cada caso, os médicos definem abordagens personalizadas. Existem situações nas quais é possível solucionar o caso apenas com medicação, já outros exigem procedimentos específicos, como: microagulhamento, lasers, mesoterapia e transplante capilar.
Quando o transplante capilar é indicado?
O transplante capilar é indicado quando o paciente não responde aos demais tipos de tratamento ou, se responde, não o faz de forma satisfatória. Por exemplo, quando o aumento do volume capilar não é suficiente para cobrir as áreas calvas.
Durante o procedimento, o médico extrai folículos de áreas com crescimento normal no couro cabeludo do paciente. Em seguida, os implanta nas áreas que já estão calvas ou precisam de volume.
Todo o processo é realizado de forma minuciosa, através de microincisões. Assim, não há cicatrizes visíveis e a recuperação é rápida, bastando apenas tomar alguns cuidados para garantir um resultado satisfatório.
Os principais benefícios do transplante capilar são:
- Resultado natural, com fios que seguem o padrão capilar do paciente;
- Solução definitiva para a calvície, pois os fios transplantados são mais resistentes à queda;
- Personalização total do procedimento, conforme as necessidades do paciente;
- Liberdade para praticar esportes e estilizar os fios sem preocupação com próteses capilares e outras medidas para disfarçar a calvície;
- Baixa manutenção, pois os fios transplantados não requerem cuidados específicos;
- Procedimento seguro, desde que realizado por médicos capacitados;
- Resgate da autoestima e autoconfiança.
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